EDILSON PEREIRA DE CARVALHO,Poderia encerrar sua carreira como um árbitro brasileiro que apitou na Copa do Mundo de 2006. Era do quadro da FIFA e tinha chances (remotas) para isso. Edílson poderia - também, quem sabe - pendurar o apito como um árbitro folclórico por sua religiosidade. O ritual que fazia antes de cada partida, ao levantar cartões amarelo, vermelho (os dois com ainscrição "Deus é Fiel") e outro com a imagem de uma santa para, ao mesmo tempo, rezar no centro do gramado, era peculiar o suficiente.
Edílson Pereira de Carvalho, porém, decidiu por macular sua imagem como árbitro. Aos 43 anos de idade, ainda que não seja condenado pela Justiça, não escapou de punições da FIFA, da CBF ou FPF. O árbitro está sendo acusado de envolvimento na "Máfia do Apito", um esquema em que árbitros manipulariam o resultado para favorecer certos apostadores de sites de aposta esportiva na internet. Ele teria influenciado no resultado de pelo menos 11 partidas.
Edílson se defendeu, no momento em que entrava no camburão, dizendo que fizera "alguma coisa", por sua esposa e a filha única tinham sido ameaçadas de morte. Não quis, porém, dar detalhes do assunto ou de quem teria feito a ameaça. Limitou-se a isso.
Com o escândalo, Edílson frustra a todos. Mais que isso, frustra a si mesmo. Ele que não conseguiu seguir na carreira de jogador (fez testes no São José, mas não foi contratado), também deve acabar a de árbitro prematuramente, já que a idade limite para atuar é de 45 anos.
Morador de um condomínio fechado padrão classe média em Jacareí (interior de São Paulo), Edílson tornou-se árbitro em 1991. Três anos depois apitou o primeiro jogo como profissional do Paulistão. Desde o início, mostrava-se um árbitro de personalidade forte, enérgico... e arrogante.
Edílson foi em frente. Chegou rapidamente ao quadro nacional e em 1999, à Fifa. Era respeitado. A ponto de acabar perdoado mesmo quando denunciado por ter apresentado diploma falso na escola de arbitragem. As partidas que lhe deram mais visibilidade, talvez, tenham sido as da semifinal da Libertadores entre Corinthians e Palmeiras, em 2000.
Graças à filiação com a entidade máxima do futebol, Edílson, que também é comerciante (tem uma frota de carros de aluguel e uma pequena fábrica de brinquedos), ganhava 2500 reais por partida que trabalhava. Ao ser aliciado, segundo investigações da Polícia Federal, pelo empresário Nagib Fayad, também suspeito de comandar o jogo do bicho em Piracicaba (interior de São Paulo), chegava a ganhar 15 mil por partida que atrapalhava no resultado.Mas os “negócios” com o futebol chegaram ao fim. Eliminado dos quadros da FPF e CBF, Edílson foi suspenso pela Fifa e também foi expulso do Sindicato dos Árbitros de São Paulo e da Associação Nacional de Árbitros de Futebol.
Edílson Pereira de Carvalho, porém, decidiu por macular sua imagem como árbitro. Aos 43 anos de idade, ainda que não seja condenado pela Justiça, não escapou de punições da FIFA, da CBF ou FPF. O árbitro está sendo acusado de envolvimento na "Máfia do Apito", um esquema em que árbitros manipulariam o resultado para favorecer certos apostadores de sites de aposta esportiva na internet. Ele teria influenciado no resultado de pelo menos 11 partidas.
Edílson se defendeu, no momento em que entrava no camburão, dizendo que fizera "alguma coisa", por sua esposa e a filha única tinham sido ameaçadas de morte. Não quis, porém, dar detalhes do assunto ou de quem teria feito a ameaça. Limitou-se a isso.
Com o escândalo, Edílson frustra a todos. Mais que isso, frustra a si mesmo. Ele que não conseguiu seguir na carreira de jogador (fez testes no São José, mas não foi contratado), também deve acabar a de árbitro prematuramente, já que a idade limite para atuar é de 45 anos.
Morador de um condomínio fechado padrão classe média em Jacareí (interior de São Paulo), Edílson tornou-se árbitro em 1991. Três anos depois apitou o primeiro jogo como profissional do Paulistão. Desde o início, mostrava-se um árbitro de personalidade forte, enérgico... e arrogante.
Edílson foi em frente. Chegou rapidamente ao quadro nacional e em 1999, à Fifa. Era respeitado. A ponto de acabar perdoado mesmo quando denunciado por ter apresentado diploma falso na escola de arbitragem. As partidas que lhe deram mais visibilidade, talvez, tenham sido as da semifinal da Libertadores entre Corinthians e Palmeiras, em 2000.
Graças à filiação com a entidade máxima do futebol, Edílson, que também é comerciante (tem uma frota de carros de aluguel e uma pequena fábrica de brinquedos), ganhava 2500 reais por partida que trabalhava. Ao ser aliciado, segundo investigações da Polícia Federal, pelo empresário Nagib Fayad, também suspeito de comandar o jogo do bicho em Piracicaba (interior de São Paulo), chegava a ganhar 15 mil por partida que atrapalhava no resultado.Mas os “negócios” com o futebol chegaram ao fim. Eliminado dos quadros da FPF e CBF, Edílson foi suspenso pela Fifa e também foi expulso do Sindicato dos Árbitros de São Paulo e da Associação Nacional de Árbitros de Futebol.
PAULO JOSÉ DANELON
O árbitro Paulo José Danelon era diretor da (AAPR) Associação de Arbitros de Piracicaba e Região, que tem o único curso de árbitros do interior cujo diploma é aceito pelo Sindicato de Árbitros Profissionais do Estado de São Paulo.
Apesar de Danelon ser um dos homens mais influentes da arbitragem do interior paulista, ele foi banido do futebol junto com Edilson Carvalho.Seu último jogo foi como quarto árbitro no jogo Santos e Palmeiras, na Vila Belmiro.
ROMILDO CORREIAApós ser citado no escândalo que envolveu a arbitragem em 2005 pelo ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho, o agora ex-árbitro Romildo Correia não segurou seus nervos e abandonou a carreira durante a partida entre Santos e Botafogo na penúltima rodada do Brasileirão.
Aos 25 minutos do segundo tempo, Romildo Correia que, naquele jogo foi escalado como quarto árbitro, entrou em campo, deu um abraço em Giuliano Bozzano , despediu-se dos jogadores e abandonou seu uniforme no gramado. Por baixo, Romildo usava uma camiseta com os dizeres “Romildo Correia, inocente, mas punido”. Nas costas, a camiseta denunciava o desabafo do ex-árbitro: “CBF e FPF: chega!”. Ao longo dos últimos meses, teve sua vida revirada, sigilo bancário quebrado e pior: a honestidade colocada em cheque. Nada foi provado contra Romildo. Aliás, os 7 anos de arbitragem de Correia mereciam mais respeito e consideração. Vale ressaltar que a esmagadora maioria dos árbitros brasileiros desempenha outras atividades profissionais. Por aqui, não se pode nem pensar em viver de arbitragem. Muitos deles desempenham a função de árbitro para receber um salário melhor no final do mês. Um amadorismo severo dentro de uma mentalidade que tenta mostrar algum tipo de profissionalismo. No final, é tudo para inglês ver.
Nesta verdadeira terra de ninguém, quem perde é o futebol e as pessoas de bem que pagam o pato daqueles que jamais deveriam ter pisado em um gramado. Por João Cozac.
ARMANDO MARQUES
Em 30 de setembro de 2005, Armando Marques, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, deixa o comando da organização com o escândalo da arbitragem. Em seu lugar, assumiu o vice-presidente Edson Resende, também ex-árbitro e ex-delegado da Polícia Federal.
Fontes: Diário Esportivo Lance!, Estado de São Paulo e Gazeta Esportiva
Nota: Saiba mais sobre as carreiras dos envolvidos no escândalo da arbitragem: Edílson Pereira de Carvalho, Paulo José Danelon e Romildo Cooreia, que acabaram prematuramente.
Postado por: Reportagem - em Domingo, Setembro 25, 2005 - 07:45 PM
CARTÃO VERMELHO ARBITRAGEM PROFISSIONAL.
Aos 25 minutos do segundo tempo, Romildo Correia que, naquele jogo foi escalado como quarto árbitro, entrou em campo, deu um abraço em Giuliano Bozzano , despediu-se dos jogadores e abandonou seu uniforme no gramado. Por baixo, Romildo usava uma camiseta com os dizeres “Romildo Correia, inocente, mas punido”. Nas costas, a camiseta denunciava o desabafo do ex-árbitro: “CBF e FPF: chega!”. Ao longo dos últimos meses, teve sua vida revirada, sigilo bancário quebrado e pior: a honestidade colocada em cheque. Nada foi provado contra Romildo. Aliás, os 7 anos de arbitragem de Correia mereciam mais respeito e consideração. Vale ressaltar que a esmagadora maioria dos árbitros brasileiros desempenha outras atividades profissionais. Por aqui, não se pode nem pensar em viver de arbitragem. Muitos deles desempenham a função de árbitro para receber um salário melhor no final do mês. Um amadorismo severo dentro de uma mentalidade que tenta mostrar algum tipo de profissionalismo. No final, é tudo para inglês ver.
Nesta verdadeira terra de ninguém, quem perde é o futebol e as pessoas de bem que pagam o pato daqueles que jamais deveriam ter pisado em um gramado. Por João Cozac.
ARMANDO MARQUES
Em 30 de setembro de 2005, Armando Marques, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, deixa o comando da organização com o escândalo da arbitragem. Em seu lugar, assumiu o vice-presidente Edson Resende, também ex-árbitro e ex-delegado da Polícia Federal.Fontes: Diário Esportivo Lance!, Estado de São Paulo e Gazeta Esportiva
Nota: Saiba mais sobre as carreiras dos envolvidos no escândalo da arbitragem: Edílson Pereira de Carvalho, Paulo José Danelon e Romildo Cooreia, que acabaram prematuramente.
Postado por: Reportagem - em Domingo, Setembro 25, 2005 - 07:45 PM
CARTÃO VERMELHO ARBITRAGEM PROFISSIONAL.


